Manter a mente ativa com atividades cotidianas está entre as principais dicas
Hoje, 14 de abril, é celebrado o dia do Neurocirurgião, especialista responsável por cirurgias do sistema nervoso central e periférico. Por isso, convidamos o neurocirurgião do Hospital Baía Sul, Jorge Moritz, para explicar sobre as doenças tratadas por estes profissionais e como manter a saúde do cérebro.
De acordo com Jorge Moritz, entre as principais dicas para manter a boa saúde do cérebro está investir em uma mente ativa. “Quando falamos em mente ocupada e ativa, estamos falando sobre manter-se envolvido com o trabalho, estudo e até mesmo pequenas atividades como fazer palavras-cruzadas. Ou seja, é essencial manter a mente ativa com atividades cotidianas”, explica.
Além disso, o neurocirurgião ressalta que boa parte das doenças dessa área, como isquemias cerebrais, podem ser evitadas. Por isso, hábitos saudáveis são imprescindíveis. De maneira geral, é importante ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos, tratar eventuais doenças como diabete e obesidade, evitar o fumo, ter boas horas de sono e investir na saúde mental. “Todos os hábitos para uma vida mais saudável, consequentemente irão melhorar a saúde cerebral das pessoas”, complementa o médico.
A neurocirurgia aborda doenças que incluem o sistema nervoso central, ou seja, encéfalo e medula, além nervos periféricos, cranianos ou que se estendem ao tórax, abdômen e membros. O neurocirurgião atua em áreas que vão da pediatria até o Parkinson, epilepsia, passando por aneurismas, AVC, doenças da coluna vertebral, tumores e dor crônica.
Evolução da neurocirurgia
Ainda de acordo com Moritz, hoje há muita evolução tecnológica relacionada à neurocirurgia. “Há 15 ou 20 anos não imaginávamos tratar um Acidente Vascular Cerebral (AVC), por exemplo. A área evoluiu muito em fornecer condições para que o neurocirurgião execute suas atividades com excelentes resultados”, comenta.
Como qualquer procedimento cirúrgico, e por ser uma área que trata de problemas relacionados ao sistema nervoso central e periférico, a neurocirurgia pode, sim, apresentar riscos ao paciente. Mas, é importante ressaltar que com a evolução da neurocirurgia, conhecimento sobre as possibilidades terapêuticas, e os avanços da tecnologia, os pacientes têm mais segurança no profissional e na realização dos procedimentos.
“Assim como as doenças estão em progressos, a medicina também está em constante evolução nos estudos acerca do sistema nervoso central. Se antes tínhamos poucos recursos, hoje a realidade é mais tecnológica, com maior eficácia, precisão, procedimentos menos invasivos e permitindo maior segurança aos pacientes”, conclui Moritz.