No dia 26 de maio, é considerado o dia mundial de combate a hipertensão arterial. Essa doença acomete mais de 26% de brasileiros adultos, segundo o Ministério da Saúde.
Na gestação, a Hipertensão Gestacional pode afetar tanto a mãe quanto o bebê. Essa condição é caracterizada pela elevação da pressão arterial e pode ocorrer em qualquer momento da gravidez, embora seja mais comum no terceiro trimestre.
Embora a causa da hipertensão arterial durante a gravidez não seja única, é consenso que alguns fatores são determinantes, como a má adaptação do organismo materno à nova condição, alimentação desequilibrada com excesso de sal e sedentarismo. Alguns fatores de risco incluem hipertensão arterial sistêmica crônica, histórico de pré-eclâmpsia em gestação anterior, histórico familiar de hipertensão, obesidade, doenças como lúpus e diabetes, e gravidez gemelar.
Quando uma doença não é tratada de forma adequada, há o risco de que ela evolua para a pré-eclâmpsia ou até mesmo para a eclâmpsia. A eclâmpsia é um estado clínico caracterizado por alterações na pressão arterial, que pode colocar em perigo a vida da mãe e do bebê em desenvolvimento.
Existem quatro tipos de hipertensão na gestação: pré-eclâmpsia/eclâmpsia (doença hipertensiva específica da gravidez), hipertensão crônica de qualquer etiologia, pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica e hipertensão gestacional.
- A pré-eclâmpsia/eclâmpsia ocorre após 20 semanas de gestação e está associada à proteinúria.
- A hipertensão crônica é identificada antes da gestação ou antes das 20 semanas de gestação.
- A pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica ocorre quando uma paciente previamente hipertensa desenvolve proteinúria após 20 semanas de gestação.
- A hipertensão gestacional ocorre quando a manifestação surge após a 20ª semana de gestação.
A pré-eclâmpsia é uma das principais causas de mortalidade materna e fetal em todo o mundo. Por isso, é importante que as mulheres grávidas monitorem sua pressão arterial regularmente e informem ao médico qualquer sinal de alerta, como dor de cabeça, visão turva e inchaço excessivo nas mãos e pés.
O tratamento da hipertensão na gestação varia dependendo do tipo e da gravidade da condição. Em alguns casos, é possível controlar a pressão arterial com mudanças no estilo de vida, como dieta saudável e prática de exercícios físicos. Em outros casos, pode ser necessário o uso de medicamentos para controlar a pressão arterial.
Práticas saudáveis para combater a hipertensão gestacional
Uma gravidez saudável depende de alimentação rica em nutrientes para mãe e o bebê. Incluí frutas, legumes e proteínas, além da redução no consumo de frituras, gorduras e açúcar. É importante usar o sal de forma moderada, ressaltando que refrigerantes, bolachas (inclusive doces) e alimentos com conservantes também contêm sal.
Além disso, deve-se reduzir o consumo de café, e a não ingestão de álcool e drogas e, principalmente, evitar completamente o cigarro. Praticar exercícios físicos também é recomendado como aliado na prevenção e deve se prescrito com orientação médica.
A detecção precoce da hipertensão gestacional é fundamental para prevenir complicações e melhorar os resultados a longo prazo para a saúde de ambos. É por isso que o pré-natal desempenha um papel crucial nesse processo, permitindo o monitoramento regular da pressão arterial e o diagnóstico precoce da hipertensão gestacional. As gestantes devem informar seu médico sobre quaisquer sinais de alerta e seguir suas orientações cuidadosamente para garantir uma gestação segura e saudável. A conscientização sobre a hipertensão na gestação é importante não apenas no Dia Mundial de Combate à Hipertensão, mas durante toda a gestação.