No dia 29 de outubro, é celebrado o Dia Mundial do AVC (Acidente Vascular Cerebral). A data faz parte de uma iniciativa mundial para reduzir e prevenir o número de casos em todos os países. No Brasil, o AVC é a segunda principal causa de mortes da população, levando 78.649 pacientes a óbito só de janeiro a outubro de 2020, conforme levantamento encaminhado à Agência Brasil pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
O Dr. Jorge Moritz, neurocirurgião e neurorradiologista intervencionista, especialidade dedicada ao diagnóstico e tratamento de doenças neurovasculares, explica que existem dois grandes tipos de AVC: o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. No segundo caso, é quando uma artéria ou uma veia se rompe dentro do cérebro, provocando uma hemorragia cerebral.
Entre os principais sintomas que acontecem, subitamente, durante um AVC (isquêmico e hemorrágico) estão:
– fraqueza ou formigamento de um lado do corpo;
– paralisia facial;
– dificuldade na fala;
– confusão mental;
– alterações na visão, compreensão e equilíbrio;
– dor de cabeça súbita e intensa.
Como reconhecer que outra pessoa está tendo um AVC?
– Sorriso
Peça para a pessoa dar um sorriso. Se a boca dela entortar, pode ser sinal de AVC.
– Abraço
Peça para a pessoa te dar um abraço ou levantar os braços como se fosse abraçar. Se ela tiver dificuldade de levantar um dos braços ou um deles cair após ter sido levantado, pode ser sinal de AVC.
– Mensagem
Peça para a pessoa repetir uma frase ou mensagem. Se ela não compreender ou não conseguir repetir, pode ser sinal de AVC.
Para que as chances de sequelas diminuam, o ideal é que o paciente seja atendido o mais rápido possível, buscando atendimento médico especializado em hospitais de referência. De acordo com o Dr. Jorge Moritz, a agilidade no diagnóstico e no tratamento hospitalar pode garantir uma recuperação completa. Por isso, é fundamental conhecer os sinais e buscar rapidamente o pronto-socorro. Após essa fase, os pacientes precisam de um acompanhamento com um médico especialista, que pode ser um neurologista ou um cirurgião neurovascular.
Entre os vários os fatores de risco para o AVC, alguns deles podem ser controlados ou mesmo evitados com mudanças comportamentais que levem a hábitos de vida mais saudáveis. A obesidade, o tabagismo, o sedentarismo, o alcoolismo, a hipertensão arterial sistêmica, a diabetes mellitus e as doenças cardiovasculares são algumas condições de saúde que aumentam o risco de AVC e podem ser prevenidas.
Saiba como prevenir um AVC:
– realizar atividade física;
– ter cuidado com o sobrepeso;
– não fumar;
– adotar uma alimentação saudável;
– beber bastante água;
– manter o colesterol sob controle.
Conteúdo produzido em conjunto com o Dr. Jorge Moritz, neurocirurgião e neurorradiologista intervencionista.